Priscila Bomfim foi a primeira mulher a reger na Temporada de Ópera do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde atuou desde 2000. Na temporada de 2025, assume o cargo de maestra assistente da Orquestra Sinfônica Municipal, no Theatro Municipal de São Paulo. Com uma sólida carreira, já conduziu importantes títulos operísticos e concertos sinfônicos com diversas orquestras brasileiras. Formada em Piano Performance pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Priscila também se especializou em Regência Orquestral e participou de prestigiados masterclasses internacionais. É diretora musical da Orquestra Sinfônica Juvenil Chiquinha Gonzaga, formada apenas por meninas.
"...sólida, com gestos precisos e uma leitura respeitosa das intenções de Puccini e Strauss. [...] A orquestração densa, moderna e espetacular de Richard Strauss encontrou na maestrina Priscila Bomfim uma intérprete à altura dos seus desafios. Sua direção musical foi não apenas categórica e marcante, mas também sensível ao equilíbrio dinâmico entre a grandiosidade da partitura e a necessidade de preservar vozes menores [...] Sob sua regência, a Orquestra Sinfônica Municipal alcançou belíssimas sonoridades e uma leitura precisa, densa e dramaticamente coerente da partitura straussiana, cujos desafios técnicos e estilísticos não são triviais."
Marco Antônio Seta
[...] A primeira palavra vai para a regência de Priscila Bomfim, tão fluente, tão fina, sem perder a veemência eloquente, capaz de ritmos obsessivos e fortes, assim como de transparências e sedosas finuras, enfrentando as partes mais complexas das duas composições com uma segurança que as deixava claras.
Jorge Coli
E como soou bonita, equilibrada e expressiva a Orquestra Sinfônica Municipal sob regência de Priscila Bomfim, regente assistente do grupo, sempre na medida, entregando-se, sem perder-se, ao encanto e aos contrastes da escrita de Puccini, assim como recriando, em Dia de paz, o tom sombrio e duro, quase áspero, que a música de Strauss pode assumir.
João Luiz Sampaio
Mesmo tendo sido ótimas a concepção e direção cênica, o espetáculo não pararia de pé sem uma regência cuidadosa, versátil, com musicalidade. À frente da Orquestra Sinfônica Municipal, Priscila Bomfim fez emergir o Romantismo da obra de Puccini e a variedade de cores da música de Strauss. Tudo isso atenta aos cantores. [...]
Fabiana Crepaldi
A boa regência de Priscila Bomfim foi muito idiomática e atenta aos detalhes em "Le Villi". [...] o equilíbrio entre vozes e instrumentos se manteve elogiável do início ao fim, o que permitiu ainda que alguns dos coadjuvantes brilhassem na segunda peça.
A Orquestra Sinfônica Juvenil Chiquinha Gonzaga, sob a direção de Priscila Bomfim, promove o talento de jovens alunas da rede pública do Rio de Janeiro, oferecendo oportunidades com equidade de gênero e homenageando a pioneira Chiquinha Gonzaga.